segunda-feira, 23 de abril de 2012

77% de popularidade de Dilma derrubados pelo desaforo de 57% para Lula

Nada é mais história, nem mais oficial que uma pesquisa de opinião eleitoral feita sob encomenda. Já que se admite qualquer história oficial no Brasil, não há do que reclamar se o instituto Datafolha colocou, no meio de uma simples e prematura avaliação de desempenho do governo Dilma, uma pergunta que, além de não ter nada a ver com as calças, ainda deixa tudo de fora:

- Quem deve ser o candidato do PT à presidência em 2014?

Isso nem é uma pergunta; é um desaforo, uma falta de respeito pela primeira-mulher-presidenta em exercício do cargo que, pelo visto, vem agradando de tal maneira à plebe ignara que desagrada as elites do seu próprio partido.
Daí para pular de um mero levantamento sobre a atuação da governanta neste primeiro ano e um trimestre de governo e cair nas graças de quem fica doente quando não está no poder, foi só uma questão de saltar em distância com a dignidade olímpica de uma Maurren Maggi que entra nesta versão como Poncio Pilatos entrou no Credo.

Pois a pesquisa do Datafolha que deu 77% de popularidade para Dilma, é a campeã nacional do pulo do gato. Conta a história oficial e diz:

Foram realizadas 2.588 entrevistas nesse país com mais de 195 milhões de habitantes. O levantamento revela que 57% dos entrevistados preferem Lula como candidato a presidente da República, em 2014; já 32% ficariam com Dilma; 6% não querem nada com a coisa; 5% não sabem nada da coisa e... 2% apenas têm uma boa ideia e não são petistas.

Claro que esses últimos não foram assim classificados pelos contadores da história oficial. São, apenas fruto da conclusão dos homens de má vontade contra o status quo que emplasta o Brasil da Silva. De qualquer maneira, deu para matar a pau e mostrar a cobra: do lado de cá da história conclui-se facilmente que dos 2.588 entrevistados, só 51 não eram petistas.

Recomenda-se que a próxima pesquisa seja feita com os militantes do Movimento Anticorrupção que estavam na Esplanada dos Ministérios nesse 21 de abril, data de aniversário de Brasília, Dia de Tiradentes e do anúncio da morte de Tancredo Neves, o melhor presidente que o Brasil nunca teve.

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